Todo
mundo pensa que esse filme é do Sergio Leone e com o Clint Eastwood. Hahaha.
Por que será?
Talvez
porque a dupla Leone/Eastwood seja reponsável pela grande virada estética e
filosófica que Sergio Leone trouxe para o gênero na década de 60.
Sergio Leone
Considero
o diretor de origem italiana um dos maiores gênios da filmografia mundial.
Nasceu
e se criou dentro do cinema, filho de um dos pioneiros do cinema italiano, o diretor Roberto Roberti (Vincenzo Leone),
e da atriz Bice Valerian.
Não posso deixar de lembrar
do Alberto Roberto nessa hora. :P hahaha
Leone começou cedo, ainda na
adolescência, trabalhando como assistente de direção de
diretores italianos e americanos que trabalhavam na Itália, em
geral nos épicos bíblicos e romanos muito em voga na época.
Mais
para o final da década de 50 ele começou a escrever roteiros, e a dirigir, depois
de assumir o cult-tosco, Os Últimos Dias de Pompéia (1959), em
substituição ao diretor original que ficara doente e do qual já
era roteirista e assistente. Seu primeiro filme solo foi
O Colosso de Rodes (1961), um épico romano
banal.
Foi com seu segundo longa, Por Um Punhado de Dólares (1964), um “remake” descarado de Yojimbo - O Guarda-Costas
(1961), de Akira Kurosawa, que causou a revolução. Embora tenha, inclusive,
sido processado pelo diretor japonês ao qual teve que pagar indenização, não se
pode negar o mérito de ter trazido e adaptado o estilo do japonês ao, até
aquela época, pasteurizado formato de faroeste. Anos mais tarde homegearia Kurosawa em um
de seus filmes mais sublimes.
Embora não tenha sido o primeiro faroeste italiano, foi, de longe, o mais bem sucedido e lançou, ao estrelato, a carreia do então desaconhecido ator de TV, Clint Eastwood. Leone sonhava com Henry Fonda ou Charles Bronson, mas não tinha bala para vôos tão altos.
As duas continuações,
Por Uns Dólares a Mais (1965) e Três Homens em Conflito (1966), com orçamentos maiores,
foram ainda mais bem sucedidos e formam com o antecessor
a chamada Trilogia dos Dólares.
Sua
obra-prima no gênero foi
Era Uma Vez no Oeste (1968).
Aquele que planejara ser seu último western, filme em
que, finalmente, trabalhou com Fonda e Bronson, fracassou
nas bilheterias americanas após ter sido mutilado pela
Paramount Pictures nas mesas de montagem.
Relutante
e indeciso, enquanto diretor de Quando Explode uma Vingança
(1971), declinou do convite para dirigir O Poderoso Chefão (1972), em favor de seu projeto dos sonhos,
Era Uma Vez na América (1984).
Com Robert deNiro no papel principal, conta a história lírica sobre as lembranças e
arrependimentos de um chefão novaiorquino. O filme demorou 10 anos em fase
de pré-produção e conclui a Trilogia da América do realizador, também referida como Trilogia do Tempo.
O filme está na minha lista dos 10 melhores que já vi.
Um de seus maiores colaboradores foi o magnífico compositor, Ennio Morricone, um ex-colega de classe.
Morreu,
aos 60 anos, na Itália, em 1989, enquanto preparava sua mais ambiciosa produção, um roteiro sobre o Cerco de
Leningrado na Segunda Guerra Mundial, que também seria
estralada por de Niro.
Com
carreira de poucos filmes, o brilhante Sergio Leone é inspiração para
novos (e nem tanto) cineastas como Robert Rodriguez e Quentin Tarantino.
Fuzile o dono de sua locadora se ele não tiver esses filmes. Boa pipoca!
Fuzile o dono de sua locadora se ele não tiver esses filmes. Boa pipoca!
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